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ODE EM SUMÉ: CRITÉRIO TÉCNICO OU POLÍTICO?

Por Simorion Matos
As plenárias do Orçamento Democrático Estadual sempre foram vistas como reuniões suprapartidárias, nas quais os conselheiros se reúnem nas cidades sede das 14 micro regiões para, com a participação popular, encaminharem as demandas e propostas pra aplicação dos recursos públicos.

O governador Ricardo Coutinho lançará, na próxima segunda-feira (6), o ciclo 2015 do ODE, quando serão apresentados o calendário das 16 audiências públicas regionais e as novidades deste ano. A novidade para a região do Cariri é que o município de Monteiro deixou de ser sede da plenária. A nova sede da região será Sumé.

A mudança no local sugere que perguntemos qual o critério utilizado para tal decisão: técnico ou político?

Se foi critério técnico, como justificar o evento não ser mais realizado na cidade sede regional, como sempre aconteceu?

E se foi critério político, como será explicado aos milhares de monteirenses que votaram no governador Ricardo Coutinho e lhe deram expressiva vitória no município?

REGRA TRÊS EM PRINCESA ISABEL

Em Princesa Isabel, a oposição prepara o arsenal para a Guerra de 16. Por enquanto, pelo menos na teoria, existem 3 frentes de combate lideradas por Ricardo Pereira, Dr. Rivaldo e Dr. Aledson Moura.

Quem acompanha mais de perto a política da terra de Tião Lucena garante que, se os grupos oposicionistas estiverem juntos no mesmo palanque, com o comando geral do mestre Aloysio Pereira, serão fortíssimos no enfrentamento de outro trio liderado pelo prefeito Dominguinhos e pelos ex-prefeitos Thiago Pereira e Dr. Sidney.

O comum na política é cada grupo sentir-se mais forte que o outro. Se na oposição prevalecer esta tese, a divisão provocará prejuízos, pois a situação aparentemente está unida. Resta saber se os que pretendem conquistar o poder municipal terão a noção exata da regra três simples, onde as grandezas são inversamente proporcionais. Para resolver a equação, o menos vale mais.

UMAS & OUTRAS

Pinto do Monteiro possuiu uma bodega na esquina entre as ruas Epaminondas Azevedo e Sizenando Rafael. De vez em quando os poetas e alguns admiradores da poesia se juntavam lá, para ouvir e fazer versos. Quase sempre tomavam uma ou duas garrafas de cachaça com queijo ou charque crua, deixando a conta no “pendura”.

Certo final de semana, estávamos numa farra na bodega do mestre dos cantadores. O assunto da conversa era uma briga que tinha acontecido na cidade, quando um cidadão havia dado um tiro no namorado da sua filha, porque o rapaz havia “comido” a moça, que era menor de idade. O pai estava preso, o rapaz hospitalizado e a “moça” já estava paquerando com outro.

Argumentando que não valia a pena um pai tomar posição radical simplesmente porque a filha queria gozar a vida, Zé Palmeira deu um mote:

“Não vou viver vigiando
O priquito de ninguém”

Aí começou uma peleja entre João da Piaba e Ferreirinha da Bahia.

Piaba começou:

Agora nesse recinto
José ficou comentando
Que um pai ia matando
Alguém por causa de um pinto
Já eu, como pai, consinto
Que a filha, se lhe convém,
Dê a cincoenta ou a cem
Que eu não estou nem ligando
Não vou viver vigiando
O priquito de ninguém.

Ferreirinha respondeu:

A escolha da conduta
Não é minha, será dela
Pois se cair na esparrela
Será chamada de puta
A honra é uma pedra bruta
Quem dá valor se contém
E eu que sou pai também
Vou logo lhe avisando
Que eu não vivo vigiando
O priquito de ninguém.

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