O empresário Hilários Ananias Queiroz Nogueira completou a lista de 17 presos na sétima fase da operação Calvário, batizada de Juízo Final. Ele estava foragido desde 17 dezembro do ano passado e foi localizado pela Polícia Federal no Rio de Janeiro. O empresário chegou a tentar, sem sucesso, a concessão de habeas corpus no Superior Tribunal de Justiça. De acordo com informações do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público da Paraíba, o empresário será deslocado para a Paraíba “em momento oportuno”.
Hilário era um dos sócios da Conesul Comercial e Tecnologia Educacional Eireli, que teria pago propinas a agentes públicos do governo do Estado em troca de contratos. Ao todo, as empresas fornecedoras de material escolar para a Secretaria de Educação teriam contribuído com R$ 57 milhões a título de propinas. As informações foram passadas por delatores do esquema, como Livânia Farias, Leandro Nunes, Ivan Burity e Maria Laura.
O entendimento dos membros do Gaeco é o de que o status de Força Tarefa conferido à Operação Calvário dificultou a vida dos suspeitos com mandados de prisão em aberto. Isso por que a jurisdição da Polícia Federal, que passou a compor o grupo, é nacional. As prisões, portanto, podem ocorrer em qualquer local do país.