Papa Francisco pede uso de ‘armas do amor’ contra o mal do terrorismo

O papa Francisco pediu ao mundo que use as “armas do amor” para combater o mal da “violência cega e brutal” em sua mensagem de Páscoa neste domingo (27).

A mensagem faz referência aos ataques em Bruxelas na terça (22), que deixaram 31 mortos.

O discurso do papa foi realizado sob sol na praça de São Pedro e forte esquema de segurança.

“Possa ele (o Jesus renascido), neste banquete de Páscoa, nos colocar perto das vítimas do terrorismo, essa cega e brutal forma de violência que continua a derramar sangue em diferentes partes do mundo”, disse Francisco, do balcão da Basílica de São Pedro.

Foi a primeira vez que ele fez um pronunciamento naquele balcão desde que foi anunciado como papa, em 2013.

Ele mencionou os recentes ataques na Bélgica, assim como ataques na Turquia, Nigéria, Chade, Camarões, Costa do Marfim e Iraque.

Francisco também citou a situação na Venezuela e pediu “diálogo e colaboração” no país para que os cidadãos de lá possam “trabalhar pelo bem comum, buscando formas de diálogo e colaboração entre todos”.

“Com as armas do amor, Deus tem derrotado o egoísmo e a morte”, disse o papa.

Em outras partes do discurso, Francisco expressou a esperança de que as recentes negociações possam encerrar o conflito na Síria para terminar “o triste despertar da destruição e da morte”.

Ele insistiu para que a Europa “não esqueça aqueles homens e mulheres que procuram por um futuro melhor, uma enorme multidão de refugiados e migrantes —incluindo muitas crianças— fugindo da guerra, fome, pobreza e injustiça social”.

A Turquia e a União Europeia concordaram em interromper o fluxo de migrantes para a Europa em troca de concessões políticas e financeiras para o país. O litoral da Turquia tem sido a principal rota para refugiados que tentam entrar na Europa ao longo do ano passado.

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