O Papa Francisco nomeou neste domingo 20 novos cardeais em todo o mundo para o grupo de elite no topo da hierarquia católica romana, incluindo 15 que podem entrar no conclave para escolher seu sucessor após sua morte ou resignação.
É a segunda vez que Francisco, de 78 anos, coloca sua marca na direção que quer que os 1,2 bilhão de membros da Igreja sigam, tendo nomeado 19 cardeais há um ano. Os novos “príncipes” da Igreja serão empossados em uma cerimônia conhecida como consistório no Vaticano, no dia 14 de fevereiro.
Os 15 novos “cardeais eleitores” – aqueles com menos de 80 anos – vêm da Itália, França, Portugal, Etiópia, Nova Zelândia, Vietnã, México, Miamar, Tailândia, Uruguai, Espanha, Panamá, Cabo Verde e Tonga. Nove deles são de países em desenvolvimento.
Foi a primeira vez que cardeais de Miamar, Tonga e Cabo Verde foram apontados, disse um porta-voz do Vaticano, refletindo o desejo de Francisco de que o Colégio dos Cardeais represente a natureza universal da Igreja.
O porta-voz Padre Federico Lombardi afirmou que o papa “não se sente acorrentado à tradição” de que as maiores cidades no mundo tenham automaticamente cardeais para liderá-las.
Apenas um dos 15 cardeais eleitores é da Cúria, a administração central do Vaticano.
Os cinco novos cardeais acima de 80 anos não poderão entrar no conclave. Eles receberam um título para agradecer por seus longos anos de serviço à Igreja.
Francisco dobrou uma regra da Igreja que limita em 120 o número de cardeais eleitores, decidindo trazer o total dos cardeais abaixo de 80 anos para 125. Com as nomeações de domingo, ele agora apontou 31 deles, um quarto do total.