A Paraíba teve 103 casos de microcefalia e outras malformações, sugestivos de infecção congênita, desde o início das investigações, em outubro de 2015, até 2 de abril. Os dados foram divulgados pelo Ministério da Saúde nesta terça-feira (5). Ao todo, foram 853 casos notificados em 2015 e 2016. Desses, 364 já foram descartados e 386 seguem em investigação.
O estado da Paraíba é o terceiro com maior número de casos confirmados no país, atrás apenas de Pernambuco (303) e Bahia (194). Em todo o Brasil, 4.046 casos suspeitos de microcefalia estão em investigação. Foram 6.906 notificações em 1.307 municípios de todas as unidades da federação. Dos casos já concluídos, 1.814 já foram descartados e 1.046 foram confirmados para microcefalia.
Destes, 170 já tiveram confirmação laboratorial para o vírus Zika. Nestes casos, foi realizado exame laboratorial específico para o vírus Zika. No entanto, o Ministério da Saúde ressalta que esse dado não representa, adequadamente, a totalidade do número de casos relacionados ao vírus. Ou seja, a pasta considera que houve infecção pelo Zika na maior parte das mães que tiveram bebês com diagnóstico final de microcefalia.
Até o dia 2 de abril, foram registrados 227 mortes (fetal ou neonatal) suspeitas de microcefalia ou alteração do sistema nervoso central após o parto ou durante a gestação (abortamento ou natimorto). Destes, 51 foram confirmados para a malformação. Outros 148 continuam em investigação e 28 foram descartados.
O Ministério da Saúde orienta as gestantes adotarem medidas que possam reduzir a presença do mosquito Aedes aegypti, com a eliminação de criadouros, e proteger-se da exposição de mosquitos, como manter portas e janelas fechadas ou teladas, usar calça e camisa de manga comprida e utilizar repelentes permitidos para gestantes.