Apesar das chuvas registradas no Leste da Paraíba, suficientes para garantir situação confortável nos mananciais dessa região, o interior do estado tem pouco mais de 200 mil pessoas que sofrem com a escassez de água. Essa população que fica em 16 cidades depende de 21 reservatórios que têm menos de 5% da capacidade. Os dados dos volumes dos açudes são disponibilizados pela Agência Executiva de Gestão das Águas.
Uma das alternativas para aqueles que sofrem com a falta de água é a utilização de cisternas de polietileno, que acumulam 16 mil litros, provenientes da chuva ou de outras fontes, e abastecem uma família de quatro a cinco pessoas por até nove meses de estiagem.
Atualmente, nove municípios paraibanos contam com cisternas de polietileno, o que soma uma população estimada de 81 mil pessoas: Araruna, Areial, Cacimba de Dentro, Dona Inês, São Sebastião de Lagoa de Roça, Soledade, Belém do Brejo do Cruz, Igaracy, Quixaba e Lagoa.
O Estado recebeu 5 mil unidades e desse total, apenas 102 faltam ser instaladas. A previsão é que os trabalhos sejam concluídos até dezembro deste ano.
Segundo a Acqualimp, fornecedora dos reservatórios na Paraíba, o material utilizado na fabricação dos equipamentos é adequado à região. “A resina de polietileno somente pode fundir a uma temperatura de 147° C, sendo que a temperatura máxima no semiárido pode oscilar em torno de 50° C em períodos de clima mais severo. Além disso, essa é uma tecnologia consolidada internacionalmente e utilizada há mais de duas décadas em países com temperaturas semelhantes ou até mais críticas que as encontradas no Nordeste brasileiro”, explica Amauri Ramos, diretor da Companhia. A durabilidade e resistência é outra característica do equipamento.
“O polietileno, por sua elasticidade, impede que os tanques apresentem fissuras e trincas. O uso do polietileno também impede vazamentos da água, assim como a contaminação por outros líquidos e resíduos sólidos. Desta forma, preserva a qualidade da água armazenada e proporciona benefícios para a saúde da população atendida. Uma cisterna de polietileno pode durar até 30 anos”, conclui Ramos.