Cinquenta e oito açudes monitorados pelo Governo da Paraíba estão em situação crítica, com menos de 5% da capacidade de estoque. A Paraíba tem 126 açudes e, desses, apenas 36 reservatórios estão com mais de 20%. De acordo com o presidente da Agência Executiva de Gestão de Águas da Paraíba (Aesa), João Fernandes, dos 223 municípios paraibanos, 196 estão em colapso por falta d’água.
A situação crítica foi provocada pelo prolongamento da estiagem e, por isso, a Aesa pediu ao Ministério da Integração Nacional agilidade na conclusão das obras da transposição de águas do Rio São Francisco.
Juntos, os açudes administrados pelo Governo do Estado podem acumular 3,7 bilhões de metros cúbicos, mas, segundo dados do setor de Monitoramento e Hidrometria da Aesa, até a manhã desta sexta-feira (21), eles estavam com pouco mais de 441 milhões, ou seja, 11,6%.
“A pior situação encontra-se na região do Curimataú. Está cada vez mais complicado abastecer cidades como Picuí, Nova Floresta, Cuité, Barra de Santa Rosa, Algodão de Jandaíra e Remígio”, alertou João Fernandes da Silva.
Durante audiência que aconteceu esta semana com o ministro de Estado da Integração Nacional, Helder Zahluth Barbalho, o presidente da Aesa lembrou a situação crítica dos municípios.
“Explicamos a gravidade do problema provocado pela maior seca dos últimos 50 anos e pedimos agilidade na conclusão da obra da transposição. O ministro disse que as águas do São Francisco devem chegar em fevereiro de 2017 em Monteiro. Mas, com base nos relatórios técnicos lidos e nas observações de campo que fizemos, acreditamos que isto vai acontecer mesmo em abril”, concluiu João Fernandes.