O PSC, partido que lançou o nome de Pastor Everaldo como candidato à Presidência da República, anunciou nesta quarta-feira (8) que irá apoiar o candidato Aécio Neves, do PSDB, no segundo turno das eleições. O anúncio foi feito após reunião da executiva nacional da legenda, em Brasília.
No primeiro turno, Pastor Everaldo recebeu 780.513 votos, 0,75% do total, e foi o quinto candidato mais votado. Ele foi superado por Dilma Rousseff (PT), Aécio, Marina Silva (PSB) e Luciana Genro (PSOL).
“Ouvi a bancada. A executiva nacional decidiu que Aécio é a melhor opção para o nosso Brasil, a opção de mordenidade para o país, a opção de cuidar dos pobres e mais necessitados deste país, a opção de cuidar do empreendedores deste país”, disse o Pastor Everaldo.
Nesta terça-feira (8), o PPS, partido que forma a coligação de Marina Silva, também já havia anunciado apoio a Aécio no segundo turno.
O pastor Everaldo disse ainda que encontrá Aécio ainda nesta quarta para manifestar a resolução do partido em apoiá-lo. Afirmou também que o PSD tem estrutura para ajudar o candidato a se eleger. “Nós temos base em toda as unidades da federação e vamos, toda militância, trabalhar em favor da candidatura do senador Aécio”.
Questionado se outro partido solicitou seu apoio, Everaldo afirmou que não foi procurado por “ninguém do PT”.
Everaldo informou que Aécio entrou em contato com o PSC na segunda-feira. “O senador Aécio ligou para nós na segunda-feira e perguntou se nós poderíamos apoiá-lo. E então nós falamos que iríamos convocar o partido e marcamos esta conversa”, disse.
Eduardo Jorge
O presidente do Partido Verde, José Luiz Penna, e o candidato derrotado da legenda à Presidência, Eduardo Jorge, anunciaram na tarde desta quarta-feira (8), em Brasília, apoio ao tucano Aécio Neves, que disputará o segundo turno da eleição presidencial contra Dilma Rousseff (PT).
O anúncio foi feito após reunião da comissão executiva do PV, que decidiu, por 33 votos a favor, seis contra e três abstenções.
Eduardo Jorge terminou o primeiro turno em quinto lugar, com 630.099 votos (0,61% do total)
“É claro que nós temos nossas diferenças [em relação a Aécio Neves], mas entendemos que é hora de marcar o nosso interesse pela alternância de poder no Brasil”, afirmou José Luiz Penna.
Segundo Eduardo Jorge, a decisão do partido é uma autocrítica em relação à posição adotada em 2010, quando Marina Silva concorreu pelo PV e terminou em terceiro lugar. Naquela ocasião, o PV declarou neutralidade no segundo turno entre Dilma e José Serra (PSDB).
“Chegamos a uma conclusão de que, embora o programa do Aécio fique muito aquém do nosso, é o [programa] que fica mais próximo”, declarou Eduardo Jorge.
O PV elaborou um documento de quatro páginas, que foi entregue nesta quarta-feira à campanha de Aécio Neves. O texto explica o apoio do partido e as posições da legenda para o segundo turno. Em quatro blocos, defende temas como a reforma política, o fim do financiamento privado de campanhas, a redução da jornada de trabalho de 40 horas e a defesa do meio ambiente.
Eduardo Jorge afirmou que existem semelhanças entre as propostas do partido e as do atual governo, do ponto de vista de políticas sociais. Mas ele criticou a política ambiental da presidente Dilma Rousseff.
“O governo do PT é praticamente uma aversão ao equilíbrio ecológico e desenvolvimento ambiental”, disse o candidato do PV, ao criticar a prioridade ao petróleo como principal fonte de energia.
Eduardo Jorge disse o PV dará apoio a Aécio de forma “crítica e independente”. Segundo ele, o partido não irá “arriar as bandeiras” que defende. Também afirmou que o PV não pede nada em troca do apoio. “Entre A [Dilma] e B [Aécio], a candidatura de B é a mais próxima de nossas teses.”
Questionado se o eleitor que votou no Partido Verde no primeiro turno concordará com o apoio a Aécio, Eduardo Jorge afirmou que a razão do partido não é “absoluta” e que a decisão do partido foi feita em um “esforço baseado em argumentos racionais”.
“Minha verdade pode estar parcialmente errada”, disse Jorge. “Nós queremos argumentar. Ninguém é inimigo da gente. Podemos ser adversários em algumas ideias, mas não somos inimigos”, declarou, em referência a Dilma.