Durante discussão na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJC) da Câmara Federal, nesta quarta-feira (29), o deputado Pedro Cunha Lima (PSDB) exigiu que o teto de gastos proposto pela PEC 254/2016 para as Assembleias Legislativas e Tribunais de Contas dos Estados seja estendido para Câmaras Municipais, Tribunal de Contas da União e Congresso Nacional. De acordo o deputado, já que os parlamentares aprovaram teto para despesas primárias e existe uma crise sem precedentes no País, é ainda mais razoável fazer o mesmo na máquina pública.
“A primeira reforma que deveríamos fazer é a reforma da máquina pública, reavaliar como gastamos esse dinheiro que falta ao povo. Ai fica fácil entender porque o povo está tão revoltado, pois a gente limita a despesa primária e fica prolongando essa reforma da máquina pública. A gente tem momentos raríssimos nesta Casa de se reaproximar, de se reconectar à população. A gente demora a entender que é preciso reproduzir a vontade que o povo manifesta”, argumentou.
Pedro destacou que a economia brasileira passa por um momento dramático e não são estatísticas econômicas, existe um colapso social. Segundo destacou, são mais de 20 milhões de desempregados em um País que parou, que quebrou. O parlamentar apontou que recentemente a ONU divulgou o Relatório Internacional do Desenvolvimento Humano, que revela que de 188 países, 159 avançaram em seus índices de desenvolvimento humano e que o Brasil estagnou.
“Parece que o dinheiro acabou para tudo, menos para nós mesmo. Acabou para a Previdência, menos para os políticos”, disse.
A proposta – A PEC 254/2016 pretende fixar limite máximo para as despesas das Assembleias Legislativas dos Estados, da Câmara Legislativa do Distrito Federal e dos Tribunais de Contas dos Estados e do Distrito Federal. A matéria é de autoria do senador João Capiberibe (PSB-AP), foi aprovada pelo Senado e agora tramita na Câmara Federal.
Economia – Na defesa dessa reforma da máquina pública, Pedro renunciou ao auxílio-moradia e aumento do cotão. Reduziu também o número de funcionários no gabinete, fazendo um corte nos gastos, desde o primeiro mês, que já ultrapassa R$ 2 milhões.