Pouco mais de dois meses após a mudança na política de preços, a Petrobras divulgou nota nesta segunda-feira (31) na qual afirma que “tem observado com atenção os desdobramentos do mercado internacional de petróleo e seu impacto sobre o mercado brasileiro” e que eventuais reajustes serão feitos quando necessários.
“Os reajustes continuam sendo feitos sem periodicidade definida, evitando o repasse para os preços internos da volatilidade conjuntural das cotações internacionais e da taxa de câmbio”, afirma a empresa. “Eventuais reajustes, quando necessários, serão realizados suportados por análises técnicas e independentes.”
Os preços dos combustíveis no mercado externo descolaram dos valores praticados pela estatal e passaram a testar a nova estratégia da Petrobras.
Até maio, a Petrobras adotava a política de paridade de importação (PPI), que equipara os valores praticados nas refinarias brasileiras aos de importação. Ou seja, o valor do combustível quando chega aos portos do Brasil. Isso inclui custos com frete e seguros, por exemplo.
A Petrobras adotou a política por 6 anos, mas, em maio, decidiu adotar uma nova estratégia com preços abaixo do PPI. Nas últimas semanas, o valor da gasolina vendida pela estatal está pelo menos 10% abaixo do preço praticado pelos importadores.
“A companhia reitera que ajustes de preços de produtos são realizados no curso normal de seus negócios, em razão do contínuo monitoramento dos mercados, o que compreende, dentre outros procedimentos, análise de preços competitivos por polo de venda, em equilíbrio com os mercados nacional e internacional, levando em consideração a melhor alternativa acessível aos clientes”, diz.