Pioneiro no Funk no Rio de Janeiro, o MC Marcinho morreu neste sábado (27). O artista estava internado desde o final de junho por consequências de problemas cardíacos.
Cantor e compositor, famoso pelos hits “Rap do Solitário”, “Princesa”, “Glamurosa” e “Garota nota 100”, Márcio André Nepomuceno nasceu em Duque de Caxias em 1977, filho de um sambista, e foi criado em Bangu, na Zona Oeste do Rio.
Os problemas de saúde foram uma constante nos últimos anos. Em janeiro de 2012, MC Marcinho foi internado com suspeita de pneumonia. Em 2019, teve um princípio de infarto e, no ano seguinte, baixou CTI após contrair a Covid-19. Em fevereiro de 2021, o artista ficou em coma por quatro dias em decorrência de uma infecção bacteriana no pé esquerdo, além de ficar mais três meses no hospital, pois a doença atingiu seu pulmão.
No final de julho de 2021, Marcinho implantou um marca-passo após ter problemas cardíacos. Em março, quando ele precisou realizar a troca do aparelho, esta não foi liberada pelo plano de saúde. Estrelas do funk, como Jojo Todynho, Ludmilla e Valesca Popozuda formaram uma corrente de solidariedade para que a cirurgia pudesse ser realizada.
Internado para tratamento cardíaco e renal no fim de junho, Mc Marcinho sofreu uma parada cardíaca e foi intubado em 11 de julho. Dois dias depois, ele foi submetido a uma cirurgia para implante de um coração artificial. Em seguida, o funkeiro entrou para a fila de espera por um transplante de coração.
Em agosto, uma infecção generalizada tirou Mc Marcinho da fila de espera pelo transplante. Pelas regras do Sistema Nacional de Transplantes, o receptor tem que ter condições mínimas para suportar uma cirurgia e receber o órgão.