A Polícia Civil da Paraíba apresentou, na manhã desta segunda-feira (18), em Campina Grande, os nomes das quatro pessoas apontadas como autoras das recentes ações de incêndio a ônibus na cidade. Duas mulheres e um homem foram presos e um adolescente foi apreendido com armas, drogas e coquetéis molotov nos bairros do Serrotão e Glória durante uma ação da Delegacia de Crimes contra o Patrimônio (Roubos e Furtos). Na ocasião, o delegado geral adjunto da Polícia Civil, Isaías Gualberto, parabenizou a Polícia Militar pela constante presença nas ruas de Campina Grande, no sentido de evitar novos ataques.
Os detalhes da “Operação Ignis” foram revelados à imprensa, durante uma entrevista coletiva na sede da 2ª Superintendência de Polícia Civil, no bairro do Catolé. Foram presos Adeilton de França Santos, 20 anos; Francinalda da Silva, conhecida como Branca, 30 anos; Danielle Ângelo Pereira, 30 anos; e um adolescente de 15 anos. Durante o trabalho, os policiais apreenderam cinco quilos de maconha, uma espingarda calibre 20, uma pistola calibre 38 e um revólver calibre 38. “O grupo tem participação nos três incêndios a ônibus ocorridos em Campina”, informou Henry Fábio, titular da delegacia. Todos foram indiciados por associação criminosa, tráfico de drogas e posse de armas.
O delegado ainda revelou que, segundo as investigações, a ordem para os incêndios partiu de apenados que cumpriam pena no presídio do Serrotão, em Campina Grande, e foram transferidos para a unidade prisional Doutor Romeu Abrantes (PB-1), em João Pessoa. As duas mulheres presas são esposas de dois detentos que teriam coordenado os ataques.
Para o delegado geral adjunto da Polícia Civil, Isaías Gualberto, houve empenho dos policiais da Delegacia de Roubos e Furtos, que deram início às investigações desde a ocorrência do primeiro ataque aos veículos. “Trata-se de uma equipe que é destaque no Nordeste, pelo grande número de prisões de assaltantes de banco em toda a região”, disse Isaías. Ele parabenizou a Polícia Militar pela constante presença nas ruas de Campina Grande, no sentido de evitar novos ataques.
O secretário da Segurança e da Defesa Social, Cláudio Lima, lembrou que as providências tomadas pelos órgãos de Segurança em Campina Grande foram articuladas e contaram com as presenças do chefe da Polícia Civil e do comandante da Polícia Militar pessoalmente. “Assim que os policiais civis efetivaram as prisões, os militares ocuparam os bairros do Glória, Serrotão, Pedregal e Malvinas, entre outros, com reforço de efetivo a fim de manter ações preventivas a novas ocorrências”, frisou.
197 – O delegado Henry Fábio ainda afirmou durante a coletiva de imprensa que muitas das informações que ajudaram a Polícia a localizar os presos foram repassadas pela população, por meio do telefone 197, Disque Denúncia da Secretaria da Segurança e da Defesa Social, cuja ligação é gratuita e mantém o sigilo da identidade do denunciante. A autoridade policial também lamentou a onda de informações falsas que se alastrou na cidade, através das redes sociais, prejudicando as investigações.