As Polícias Civil e Militar e o Corpo de Bombeiros decretaram “greve branca” imediata na Paraíba, após a categoria não chegar a um acordo com o Governo do Estado sobre o pedido de reajuste nos salários dos servidores da segurança pública. A decisão foi tomada após um protesto que aconteceu na Praça dos Três Poderes, em João Pessoa, na tarde desta quarta-feira (5).
A assessoria de comunicação da Secretaria de Estado de Segurança e da Defesa Social informou ao G1 que aguarda por um posicionamento oficial para se pronunciar sobre a greve. Até a publicação desta matéria, o G1 não recebeu a nota.
Conforme o presidente da Associação de Defesa das Prerrogativas dos Delegados de Polícia da Paraíba (Adepdel), o delegado Steferson Nogueira, a produção dos agentes de segurança será reduzida, mesmo com todo o efetivando trabalhando.
Ainda conforme Sterferson, a Polícia Militar deve atender somente a “casos mais urgentes” e as operações policiais serão suspensas.
A proposta apresentada pelo Governo da Paraíba foi de incorporar 30% na bolsa desempenho em 60 meses, além de 5% de reajuste em outubro para os ativos e na bolsa desempenho. Já a proposta dos policiais e bombeiros era de incorporar 100% na bolsa desempenho em 36 meses e um reajuste de 24% pelos próximos dois anos.
Os participantes da manifestação realizada na tarde desta quarta também aprovaram duas paralisações de advertência, uma de 12h e outra de 24h, que serão realizadas em fevereiro. As datas ainda não foram definidas.
A orientação das entidades que representam os profissionais da ativa é que eles não façam adesão ao serviço extra remunerado, nem ao programa de apreensão de armas.
A Adepdel não informou se a greve acontece por tempo indeterminado, mas confirmou como outra ação imediata a realização de um acampamento na Praça dos Três Poderes até que o Governo da Paraíba retome a negociação.