O município de Gurjão recebeu neste último final de semana o Curso de Construção de Barragem Subterrânea. A barragem subterrânea faz o aproveitamento das águas das chuvas que escoam nos riachos sob o solo e é uma alternativa para contornar os problemas com a estiagem prolongada. Para que os produtores rurais do município tivessem acesso a essa tecnologia, a Prefeitura Municipal firmou parceria com o SENAR (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural) através do Sindicato Rural de Gurjão com o propósito de realizar o curso de capacitação para construção das barragens subterrâneas com os sócios da ACAPRIG (Associação dos Caprinocultores do Município de Gurjão).
O treinamento sobre as técnicas para construção da barragem subterrânea foi administrado pelo instrutor Olavo Uchoa, técnico em agropecuária em um dia inteiro de compartilhamento do conhecimento com os presentes, na última sexta-feira (8). Nos dias seguintes, sábado (9) e domingo (10) os produtores tiveram a oportunidade de mostrar os conhecimentos adquiridos em aulas práticas, ainda com a participação do instrutor Olavo Uchoa.
Para o desenvolvimento da experiência em construção de barragens subterrâneas o Prefeito de Gurjão, Ronaldo Queiroz determinou a construção de três barragens subterrâneas no município através de recursos próprios. A definição sobre as localidades para construção se deu a partir da visita do técnico nas propriedades e sua escolha para as aulas práticas. De acordo com as escolhas do técnico, as propriedades contempladas foram propriedade do senhor João Alexandre de Oliveira na Comunidade Serrota, propriedade de José Anselmo Barros Silva na comunidade Malhada de Areia (essas duas já concluídas) e na Comunidade Pascácio com o senhor José Borges Batista, em processo de construção.
De acordo com o secretário municipal de Desenvolvimento Rural, Orlando Júnior, essa é mais uma ação de sua secretaria no controle da qualidade e quantidade dos recursos hídricos no município durante a seca. “Nós temos algumas atividades sendo realizadas na nossa secretaria e, sabemos do enfrentamento, desse momento de convivência difícil por que passa nossa região por falta de água, as chuvas que até esse momento ainda não chegaram suficientes para atender as nossas necessidades. Claro que a cada ano vem se compli9cando mais por que é cumulativo. E a gente espera que ainda possa vir chuvas para que a gente possa desenvolver atividades que necessitem das águas para serem desenvolvidas”, explicou o secretário.