O suspeito de pedofilia preso em flagrante pela Polícia Federal na Paraíba, na manhã desta terça-feira (22), disse que “apenas gostava de assistir imagens com pornografia infantil, que tem interesse pelo tema, mas que não se lembrava de ter encaminhado para terceiros”. A informação é da delegada Carolina Patriota, responsável pela operação Darknet II no estado.
No entanto, Carolina Patriota destacou que o simples fato de uma pessoa manter fotos ou vídeos com pornografia infantil se configura como infração ao artigo 241 B do Estatuto da Criança e do Adolescente – cuja pena é de 1 a 4 anos de reclusão, além do crime de flagrante delito.
“Todos sabemos que é crime visualizar essas imagens. Até porque são imagens extremamente bárbaras, que envolvem crianças muito pequenas”, ressaltou a delegada, acrescentando que as cenas que o homem disse ter interesse em visualizar contém situações de sexo explícito, em que as crianças estão sendo verdadeiramente estupradas.
Prisão – A prisão em flagrante do homem de 37 anos – suspeito de pedofilia – que foi realizada pela PF, na manhã de hoje, aconteceu no bairro de Manaíra, a partir de uma “situação flagrancial – em que a pessoa tinha no computador (um laptop), imagens que continham pornografia infantil (fotos de crianças e adolescentes)”.
O suspeito, cujo nome não foi revelado pelas autoridades policiais, foi levado para a sede da PF, na cidade de Cabedelo, na região da Grande João Pessoa, para prestar esclarecimentos e, depois, encaminhado para a audiência de custódia. “O preso segue para a audiência de custódia, já que ele entendeu por bem não pagar a fiança”, informou a delegada, ressaltando que a Justiça é quem vai decidir o destino dele.
A operação Darknet é desenvolvida pela Polícia Federal desde 2014, com o objetivo de combater a distribuição de pornografia infantil na internet. Nessa segunda fase, foram expedidos 70 mandados de prisão, busca e apreensão no Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo, Bahia, Alagoas, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará, Maranhão, Pará e Amazonas. Segundo a Carolina Patriota os trabalhos da Darknet continuam em todo o país.