Depois das denúncias do ex-tesoureiro, Renan Trajano, o ministro Vital do Rêgo (PMDB), supostamente beneficiado com dinheiro desviado da Prefeitura de Campina Grande, é alvo de outra acusação. O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu ao Supremo Tribunal Federal prosseguimento de ação que investiga crime eleitoral envolvendo o então senador na eleição de 2012, quando o irmão, o atual deputado federal Veneziano Vital (PMDB), era prefeito do município.
No processo, Vital é acusado de ter participado de reunião de campanha da então candidata à prefeita do grupo, Tatiana Medeiros, na qual, segundo a acusação, pediu empenho e engajamento de cerca de 150 servidores da gestão municipal, em troca da preservação de seus empregos.
A apuração, de acordo com o Ministério Público Federal, investigará eventual crime eleitoral. O artigo 229 do Código Eleitoral prevê pena de prisão de até quatro anos para quem oferece vantagens aos eleitores.
Vital e Veneziano se defendem
Ouvido pela Folha de São Paulo, Vital do Rêgo, por outro lado, diz nunca ter sido notificado judicialmente para se pronunciar sobre as acusações. “Reuniões políticas são parte do exercício do mandato de todo parlamentar”, acrescentou o ex-senador.
Já Veneziano Vital informou desconhecimento da ação e a inexistência de qualquer notificação a respeito do inquérito, iniciado pela Polícia Federal.