O resgate da cadeia produtiva do algodão de forma sustentável ganhou destaque internacional com a implantação do Projeto Algodão Paraíba pelo Governo do Estado. A observação é do presidente da Gestão Unificada (Emater, Emepa, Interpa), Nivaldo Magalhães, que vai participar, na cidade de Lima, no Peru, nos dias 1º e 2 de junho, de reunião do Comitê de Acompanhamento do Projeto CAP/Peru, para discutir e avaliar o fortalecimento do setor algodoeiro, por meio do Projeto de Cooperação Sul-Sul trilateral, entre Brasil, FAO e países membros do Mercosul, que demonstraram interesse na participação da extensão rural brasileira no projeto de revitalização da cultura do algodão naquele país.
Integram também a comitiva paraibana o diretor administrativo da GU, Francisco Jean Queiroga da Costa e o diretor técnico da Emater, Vlaminck Paiva Saraiva, atendendo convite da Organização das Nações Unidas para Alimentação (FAO) e da Agência Brasileira de Cooperação (ABC), integrante do Ministério das Relações Exteriores, no âmbito do Projeto de fortalecimento do setor algodoeiro, por intermédio da cooperação Sul-Sul.
A programação vai de 29 de maio a 2 de junho e envolve reuniões técnicas e dias de campo nas cidades de Lima e Ica, onde o diretor técnico da Emater, Vlaminck Saraiva compartilhará com os agricultores presentes, experiências do projeto Algodão Paraíba. Os eventos acontecem nas Unidades Técnicas Demonstrativas (UTDs), localizadas em Pisco, uma das regiões produtores de algodão.
Segundo Nivaldo, o Algodão Paraíba já foi apresentado para representantes de mais de 40 países em importantes eventos do setor algodoeiro, como ocorreu durante congresso internacional, no ano passado, em Goiana (GO), no lançamento do documentário For the Love of Fashion, produzido pela National Geographic, em São Paulo, e no Seminário Internacional realizado em Assunção, no Paraguai.
A experiência exitosa do projeto também foi compartilhada com agricultores familiares de países membros do Mercosul, integrantes do projeto de cooperação Sul-Sul.
Resultados – Vlaminck Saraiva explicou que o algodão cultivado de forma sustentável tem garantido benefícios ambientais e econômicos às famílias agricultoras com preços assegurados mediante contrato de compra e venda, negociado entre agricultor e o parceiro comercial do projeto, a Indústria Têxtil Norfil/SA.
Ele informou que mesmo com a estiagem do ano passado, a safra 2016 foi de mais de 11 toneladas de algodão branco em rama. A previsão de colheita para este ano é de aproximadamente 90 toneladas, numa área de 120 hectares, beneficiando mais de 100 agricultores familiares produtores de algodão branco agroecológico.