Intitulado “Umbu do Cariri”, o projeto idealizado pelas técnicas do Núcleo de Produção Agropecuária (NUPAGRO) do Centro de Desenvolvimento Sustentável do Semiárido da UFCG, Carla Mailde, Dielle Filocre e Amanda Kelle, possibilitou o fortalecimento da agricultura familiar no Cariri paraibano. O principal objetivo do projeto foi apoiar os catadores do umbu na comercialização dos frutos. Foram atendidas as comunidades rurais de Caititu, Olho D’água do Padre e Duas Serras, localizadas no município de Serra Branca-PB.
Inicialmente, a expectativa era que pudéssemos realizar o beneficiamento na unidade de Beneficiamento de Alimentos da Comunidade Duas Serra, mas, isso não foi possível devido à inexistência do Selo de Inspeção Estadual da referida unidade. Após reunião realizada entre os membros do NUPAGRO, o Parque Tecnológico da Paraíba (PaqTc) e o Programa de Estudos e Ações para o Semiárido (PEASA), representado por Vicente Araújo e Rossino Ramos de Almeida, foi firmado o apoio para a consecução do projeto através da comercialização do umbu in natura, como forma mais rápida de atender aos anseios desses agricultores, já que tínhamos um pequeno espaço de tempo para a colheita do umbu, devido a sua sazonalidade”, destacaram as técnicas.
Em fevereiro último foi iniciada a coleta do umbu, envolvendo 20 famílias nas comunidades Caititu, Olho D’água do Padre e Duas Serras, terminando em 18 de março. “O apoio do PaqTc e do PEASA foi imprescindível, através da locação de freezers para acondicionamento da produção, caixas para o transporte da produção e a distribuição da safra até as unidades de comercialização para as cidades de Patos, Areia e Pombal localizadas no estado da Paraíba”. “Os resultados foram bastante positivos e motivadores, pois, foram coletados e comercializados um total de 4.983 kg de umbu, que foram vendidos ao preço de R$ 1 por quilo”, explicaram.
“Projetos dessa natureza ganham destaque e relevância para a consolidação do desenvolvimento regional, pois, enaltece a comercialização de fruta nativa da região e fomenta a autonomia financeira da comunidade local”, finalizam.