PSDB decide retaliar deputados que votaram a favor do voto impresso

O PSDB encontrou uma solução para retaliar os 14 deputados federais da bancada que descumpriram a orientação partidária e votaram a favor da PEC do voto impresso, na noite da ultima terça-feira, sem puni-los internamente o partido retaliará esses parlamentares de outra maneira: dará um “bônus” do fundo eleitoral aos 17 deputados que seguiram a decisão da Executiva. Dois deputados federais paraibanos do PSDB votaram favoráveis a medida Edna Henrique e Ruy Carneiro, para Edna essa PEC era necessária pois reforçava a transparência nas eleições.

“Sou a favor porque obriga a expedição de cédulas físicas conferíveis pelo eleitor. Quanto mais transparência no exercício do voto, melhor. Por isso, apoiei e votei em defesa dessa medida, dessa PEC”, comentou a deputada Edna Henrique.

Entenda a punição – A direção da legenda se reuniu antes da votação e decidiu fechar questão contra a proposta da deputada Bia Kicis (PSL-DF), e defendida pelo presidente Jair Bolsonaro. Isso significa que os deputados poderiam ser até expulsos do partido por “justa causa”. Assim, o PSDB continuaria sendo “dono” do mandato.

“Se a Executiva não tomar providências, o partido vai ser desmoralizado. Esses deputados descumpriram uma cláusula estatutária. O PSDB deve expulsá-los imediatamente e pedir o mandato”, disse o presidente do PSDB paulistano, Fernando Alfredo. Nenhum deputado tucano paulista votou a favor da PEC bolsonarista.

O presidente do PSDB, ex-deputado Bruno Araújo (PE), fez uma ofensiva junto aos parlamentares para virar votos. A expectativa inicial era que a ampla maioria da bancada, de 32 deputados, votassem pelo voto impresso. No placar final, a PEC do Voto Impresso teve 229 votos favoráveis e 218 contrários. Eram necessários 308 para que fosse aprovada.

1 Comentário

  1. Não sei porque toda a mídia chama de voto impresso se na realidade seja “Voto Contábil”. Pois a contabilização desses votos seria o último recurso para o candidato que se sentir prejudicado. Não vejo o “voto contábil” como um retrocesso e sim a prova final da lisura do pleito. O voto eletrônico é a ferramenta que facilita a rapidez na votação e agilidade na contagem. A impressão dos votos sem a identificação do eleitor é o documento que dirá se o candidato está certo ou errado na sua reclamação. Aqueles que são contra o “voto auditável” deveriam ter uma justificava melhor que a ideologia.

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