Racionamento é ampliado em Campina Grande e cidades do Cariri; confira

O racionamento de água em Campina Grande e mais 18 cidades que são abastecidas pelo Açude Epitácio Pessoa vai ser ampliado a partir deste sábado (31). A água será cortada às 17h do sábado e só retorna as torneiras às 5h da quarta-feira. O manancial está com 14,4% do volume total, de acordo com dados da Agência Executiva de Gestão das Águas do Estado da Paraíba (Aesa).

Além de Campina Grande, também ficam sem água moradores das cidades de Queimadas, Caturité, Barra de Santana, Lagoa Seca, Alagoa Nova, São Sebastião de Lagoa de Roça, Matinhas, Pocinhos, Boqueirão, Cabaceiras, Boa Vista, Soledade, Juazeirinho, Cubati, São Vicente do Seridó, Pedra Lavrada, Olivedos e Sossego.

A Companhia de Águas e Esgotos da Paraíba (Cagepa) implantou o racionamento nessas cidades no dia 6 de dezembro de 2014. De início, o fornecimento era cortado no sábado e voltava na manhã da segunda-feira. Seis meses depois, houve ampliação e a população ficou sem água por mais 24 horas, retornando só na terça-feira.

Segundo o gerente regional da Cagepa em Campina Grande, Simão Almeida, a determinação para a ampliação partiu da Agência Nacional das Águas (ANA) tendo em vista o baixo volume do açude. “Essa é uma medida necessária. Vamos diminuir a vazão, que passará a ser de 650 litros por segundo. Isso tudo vai contribuir”, afirmou.

Simão Almeida informou que a ampliação vai fazer com que o abastecimento não pare até fevereiro de 2017, quando o açude chegará a cerca de 5% da capacidade total, que é de 411 milhões de metros cúbicos. Esse cálculo não leva em conta possíveis recargas de chuva, segundo o gerente.

Volume morto
Apesar do racionamento, a Cagepa prevê que o açude vai chegar a 10% da capacidade, o que significa volume morto, na segunda quinzena de dezembro de 2015. Com isso, não terá mais força para levar a água por gravidade.

Um sistema de captação flutuante está em construção no açude para que a água continue sendo bombeada e distribuída. Uma torre foi construída às margens do local para ser conectada com três bombas que vão ficar dentro do açude. Elas vão levar a água até o sistema de distribuição da Cagepa.

Quem sofre com o racionamento é a comerciante campinense Maria da Guia. Ela acumula água em baldes e tem que fechar a lanchonete nos domingos e segunda-feiras por causa da falta de água. “A gente junta a água nos baldes na quinta e na sexta-feira pra poder usar em casa até a terça-feira, quando a água volta. Agora com um dia a mais de corte vamos ter que juntar ainda mais”.

Para ela, a ampliação é necessária, apesar do sofrimento. “Eu tenho que pensar no futuro da minha filha. Em toda a minha vida sofri muito com água e não quero que ela passe o mesmo daqui pra frente. Quem não usa a água direito, tem que se conscientizar “, afirma Maria da Guia, que defende punição para quem gasta água sem necessidade.

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