Após se reunir por cerca de uma hora com a presidente Dilma Rousseff na noite desta quarta-feira (9), no Palácio do Planalto, o vice-presidente da República Michel Temer afirmou ter combinado com ela que a relação dos dois, de agora em diante, será “institucional”.
O encontro da noite desta quarta foi o primeiro após Temer enviar a Dilma carta na qual abordou suposta desconfiança dela em relação a ele e ao PMDB.
Na mensagem, o peemedebista elencou 11 razões para acreditar que a presidente não confia nele. O vazamento do conteúdo gerou mal-estar e houve repercussão política.
“Combinamos, e eu a presidenta, que teremos uma relação pessoal institucional e a mais fértil possível”, limitou-se a declarar o vice-presidente.
Ao Jornal Nacional, assessores de Temer afirmaram que, no encontro, o peemedebista e a presidente Dilma decidiram que o tema do impeachment não será mais abordado em conversas entre os dois. Além disso, o vice-presidente não fará declaração pública de apoio ao governo, assim como não vai trabalhar a favor da destituição dela.
Ao longo dos últimos dois dias, houve muita discussão no meio político sobre a carta. A oposição, por exemplo, apontou “rompimento” entre Dilma e Temer.
Já o presidente do Congresso Nacional, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), por outro lado, disse que a mensagem tinha cunho “pessoal de desabafo”. Enquanto isso, o vice-líder do governo na Câmara, deputado Silvio Costa (PE), disse que a carta foi “inoportuna” e a classificou como “desserviço ao Brasil”.