Foi encerrado no início da noite desta quinta-feira, 27 de agosto, o primeiro júri popular envolvendo a morte do ex-vereador de Serra Branca, Geraldo Caetano (Déa). Marcelo Ferreira da Silva e Leandro Teixeira, acusados de ser o autor e o mandante do assassinato respectivamente foram condenados pelo Tribunal do Júri a 25 e 22 anos de prisão.
O júri começou por volta das 9hrs da manhã e durou cerca de 10 horas, se estendendo ao longo de todo o dia com o plenário do Fórum Judiciário de Serra Branca lotado. A tranquilidade e a segurança, entretanto, predominaram durante todo o julgamento, que transcorreu normalmente com seu rito próprio.
A defesa dos réus apresentou uma nova tese, diferente da trabalhada até então durante a fase processual, que foi a de crime passional. Os advogados da banca de Dr. Gildásio Alcântara, Dr. Adelk Dantas e Dr. Luciano Breno, além do advogado Dr. Paulo Mariano defenderam a tese apresentada pelo réu Marcelo Ferreira, que disse ter sido ameaçado pelo ex-vereador após manter um caso amoroso com ele à época.
Os jurados, entretanto, não acreditaram na tese e acabaram por condenar os réus. O juiz Dr. Leonardo Sousa de Paiva impôs ao fim a pena maior de 25 anos para o autor do assassinato, Marcelo Ferreira, e uma pena de 22 anos para seu cunhado, Leandro Teixeira, que foi apontado como o mandante e ajudante no crime. O juiz relatou em sua sentença condenatória que o crime cometido foi o de pistolagem contra o ex-vereador serra-branquense.
O promotor Dr. Uirassu de Melo Medeiros fez uma grande sustentação durante o processo de acusação e ao final comemorou o resultado destacando que justiça foi feita. Ele foi assessorado ainda pelo advogado Dr. Tadeu Licarião. Ambos falaram que o julgamento do terceiro envolvido no crime, José Sandro, deverá ter o mesmo desfecho do primeiro independentemente do tempo e do local em que o júri ocorrer.
José Sandro, acusado de ser o autor intelectual do crime, será julgado entrou com um recurso no Tribunal de Justiça da Paraíba e deverá ser julgado posteriormente. Populares, familiares e amigos do ex-vereador Déa comemoraram muito o resultado. Gritos e até fogos de artifício foram utilizados na entrada dos réus condenados no carro da Secretaria de Administração Penitenciária. (De Olho no Cariri)