O governador Ricardo Coutinho (PSB), candidato à reeleição, prestou uma homenagem ao escritor e dramaturgo paraibano Ariano Suassuna, durante encontro de lideranças no Brejo paraibano, realizado na noite desta quarta-feira (23), em Guarabira.
Em seu discurso, Ricardo pediu uma salva de palmas, em substituição a um minuto de silêncio, para celebrar a existência “desse grande paraibano, escritor, dramaturgo e presidente de honra do PSB, que não tinha medo de ser o que é nem tinha duas caras”. Em sua conta no twitter, Ricardo postou “Força e Luz, Zélia. O que fica é o agradecimento de tanta gente por uma existência tão iluminada”.
Ariano Suassuna dizia o que pensava e lutava com todas as forças para realizar o que acreditava seja na literatura, nas artes e na política. “Pessoas como ele são essenciais, importantes, porque a política precisa de Homens e Mulheres com coerência e lealdade e não pode se transformar num balcão de negócios. O mestre fará muita falta”, declarou Ricardo Coutinho.
Quando prefeito de João Pessoa Ricardo Coutinho homenageou Ariano Suassuna com uma escultura assinada pelo artista Miguel dos Santos no Parque Solón de Lucena e assinou o decreto criando uma ação cultural denominada “Ano Cultural” no âmbito da Secretaria de Educação tendo o “Ano Cultural Ariano Suassuna”, como o primeiro da série.
Nesta quinta-feira (24), o governador Ricardo Coutinho comparecerá ao velório do escritor paraibano que será realizado em Paulista- PE. Nesta quinta o governador Ricardo Coutinho assinou decreto que será publicado no Diário Oficial do Estado instituindo luto oficial de três dias em decorrência do falecimento do paraibano.
Ariano Vilar Suassuna nasceu em Nossa Senhora das Neves, hoje João Pessoa (PB), no dia 16 de junho de 1927, filho de Cássia Vilar e do ex-governador João Suassuna. No ano seguinte, seu pai deixa o governo da Paraíba e a família passa a morar no Sertão, na Fazenda Acauã, em Aparaceida.
Com a Revolução de 1930, seu pai foi assassinado por motivos políticos no Rio de Janeiro e a família mudou-se para Taperoá, onde morou de 1933 a 1937. Nessa cidade, Ariano fez seus primeiros estudos e assistiu pela primeira vez a uma peça de mamulengos e a um desafio de viola, cujo caráter de “improvisação” seria uma das marcas registradas também da sua produção teatral.
Dentre as obras antológicas Uma mulher vestida de Sol, (1947);o Auto da Compadecida (1955), Farsa da boa preguiça, (1960) e os romances A Pedra do Reino. Também foi secretário de Cultura do Estado de Pernambuco no governo Eduardo Campos.