Para o governo do Estado até dois meses atrás o deputado estadual João Henrique (DEM) e a prefeita de Monteiro, Edna Henrique (PSDB), eram os grandes líderes do Cariri. Bastou João Henrique anunciar apoio ao projeto de Cássio Cunha Lima (PSDB) para o governador ordenar a demissão de todos os seus apadrinhados nos cargos do estado na região.
Ricardo aliou-se a Juraci Conrado (PTB) – candidato a prefeito derrotado nas últimas eleições – e que teve o apoio total do PMDB e do maior líder da oposição no município o deputado estadual, Carlos Batinga (PSC).
Conrado agora é quem manda no Hospital Regional, na gerência de Educação e no Núcleo de Saúde. Ele, apesar de não possuir nenhum cargo na estrutura do governo, dá as cartas no Hospital conforme registro fotográfico abaixo.
O novo capítulo dessa história aconteceu nesta quarta-feira, 28, em Monteiro, quando o secretário de Saúde, Waldson Souza, foi a uma emissora de rádio local apontar falhas na gestão dos órgãos do estado durante a passagem dos apadrinhados de João Henrique.
O secretário esqueceu apenas que ele próprio é o maior responsável pela gestão. Ora, se existiram falhas, contratações irregulares, tudo isso foi feito com o aval do secretário de Estado.
Segundo informações de um site local, Waldson agrediu verbalmente o ex-diretor do Hospital Regional de Monteiro, Ranieri Felix, genro do deputado João Henrique. E deixou a cidade com um circo armado e apoio até de uma guarnição da Polícia Militar.
AÇÃO JUDICIAL
Segundo o deputado João Henrique, o secretário foi a Monteiro recebendo orientação do governador Ricardo Coutinho e quando o mesmo estava na emissora detratando a honra do ex-diretor tentou falar pelo telefone celular, mas o mesmo não atendeu.
“Passei uma mensagem ao secretário pedindo que o mesmo atendesse ao telefone, mas ele ignorou, enviei-lhe outra mensagem dizendo que ele iria arcar com as consequências, porque você não pode ir ao uma emissora de rádio chamar as pessoas de mentirosas, sínicas e incompetentes, com fez este inconsequente secretário. Ele agora vai arcar com as consequências, respondendo a uma ação de calúnia, injúria e difamação”.
Para o deputado João Henrique tudo já estava arquitetado pelo secretário. “Ele já chegou a Monteiro escoltado por policiais porque temia represálias de fornecedores que estão há meses sem receber do hospital, daí o porque da escolta. Eu estava presidindo a sessão na Assembleia Legislativa no momento da entrevista desastrosa e tentei evitar todo este contratempo, porém, o secretário preferiu não atender minhas ligações”, concluiu João Henrique.
Com Click Verdade