A possibilidade de um atraso na chegada das águas da transposição no açude Boqueirão para abastecer Campina Grande e região, foi descartada, nesta quarta-feira (15), pelo secretário de Estado dos Recursos Hídricos, do Meio Ambiente e da Ciência e Tecnologia, João Azevêdo. Ele confirmou problema em uma das bombas na Estação 6 (EBV6), mas disse que o governo já vinha trabalhando nos cálculos com um vazão menor.
“O atraso não vai acontecer. Nós temos um planejamento e ele vem se mantendo dentro do cronograma que estabelecemos”, garantiu. Ontem, o Ministério Público Federal na Paraíba (MPF/PB), por meio da Procuradoria da República no município de Monteiro, solicitou informações sobre a vazão da água da transposição do rio São Francisco no estado e concedeu prazo de até 72 horas para manifestação do Ministério da Integração, Secretaria de Recursos Hídricos e Aesa.
De acordo com Azevêdo, a vazão total das águas em Monteiro é em torno de 9 metros cúbicos por segundo, mas o planejamento foi feito para para uma vazão de 4,5 metros cúbicos por segundo. “Na Estação 6 são duas bombas, mas uma está operando e a outra está na revisão. Para antecipar a chegada das águas foi colocada uma bomba flutuante na barragem de Barro Branco (PE) com vazão de 2 metros cúbicos por segundo”, disse.
O secretário afirmou também que, a partir de domingo, já haverá, em Monteiro, uma vazão de 4,5 metros cúbicos por segundo e, no dia 25 de março, quando a segunda bomba estiver em atividade, o Ministério da Integração vai liberar 6 metros cúbicos por segundo saindo de Monteiro, passando por Camalaú até Boqueirão. Isso significa que o cronograma de 30 a 45 dias dado inicialmente não sofreu alterações. “Se houver alguma chuva pode ser até antecipado”, enfatizou.
Ao chegar em Boqueirão, as águas precisarão ser acumuladas. “Temos que manter a barragem com uma quantidade de água que garanta o abastecimento para os 18 municípios, o uso para irrigação da região toda, e manter uma lâmina de água que garanta a menor evaporação possível dentro de um volume ideal”, acrescentou João Azevêdo. Só após um mês a partir da chegada das águas em Boqueirão é que será possível suspender o racionamento na cidade.