Na missão de solidariedade às famílias de presos políticos à Venezuela, os senadores brasileiros que estiveram naquele país relataram que vivenciaram momentos de tensão ao desembarcar no aeroporto de Caracas. O senador Cássio Cunha Lima denunciou que a estrada foi bloqueada por militantes da ditadura no momento em que a comitiva iria passar, e que eles não conseguiram avançar mais que 2 Km da área do aeroporto. Cássio lamentou a omissão do embaixador do Brasil que, segundo ele, “fugiu’ e nos deixou na mão.”
O ônibus, que transportava a comitiva de oito senadores brasileiros, foi apedrejado por manifestantes favoráveis ao governo de Nicolás Maduro. Os parlamentares também foram alvo de ofensas e hostilidades. O grupo foi à Venezuela prestar solidariedade a presos políticos e pedir a marcação das eleições legislativas no país.
A repórter Glauciene Lara, da TV Senado, que acompanhou a comitiva brasileira senadores à Venezuela, relatou momentos de tensão após o desembarque em Caracas, ocorrido ao meio dia desta quinta-feira (18). Depois de se encontrarem com as mulheres de presos políticos que pretendiam visitar, os senadores saíram do ônibus rumo à prisão. Cercados por manifestantes simpatizantes do governo venezuelano, que bateram na lataria e apedrejaram o veículo, foram obrigados a voltar ao aeroporto e retornar ao País.
A líder oposicionista María Corina Machado, disse através do seu twitter que “em menos de 3 horas, os senadores brasileiros já sabem o que é viver sob a ditadura na Venezuela”. Já Lilian Tintori, ativista e esposa do líder político Leopoldo Lopez, que se encontra em greve de fome, agradeceu a visita de solidariedade dos senadores brasileiros.