Senador da Paraíba anuncia antecipação de conclusão da transposição

Em pronunciamento nesta quinta-feira (09), o Senador Raimundo Lira (PMDB-PB) disse que a construção de um ramal de 30 quilômetros interligando o Eixo Norte do projeto de transposição do Rio São Francisco à cabeceira do Rio Piancó vai assegurar o abastecimento de água do conjunto de barragens Coremas-Mãe D’água, na Paraíba.

No discurso, Raimundo Lira, presidente da Comissão Externa de Acompanhamento das Obras de Transposição e Revitalização do Rio São Francisco, ressaltou que Piancó é a terceira cidade mais antiga da Paraíba, incrustada no chamado Vale do Piancó, composto por aproximadamente 18 Municípios.

Ele relembrou que, desde que assumiu o mandato, passou a defender com mais ênfase a inclusão do Ramal Piancó no projeto, por entender que a transposição só ficaria completa – apesar de o Estado da Paraíba ser o mais beneficiado com as águas do “Velho Chico” – se esse pedido fosse atendido.

O Ramal Piancó, conforme explicou, é um canal que vai perenizar o Rio Piancó, abastecendo o maior conjunto de barragens da Paraíba, que é o Coremas-Mãe D’Água, que hoje sofre com os efeitos da seca. Raimundo Lira confirmou que o Banco Mundial vai financiar a obra, como ele mesmo havia antecipado, em recente pronunciamento.

– Eu já havia anunciado: este ramal já foi aprovado e já recebeu o sinal positivo do Banco Mundial, no seu financiamento. Esse ramal vai ser a complementação da transposição do rio São Francisco que, agora, nesse novo governo, recebeu um reforço financeiro no sentido de antecipar a sua conclusão até o mês de dezembro de 2016, antecipando o cronograma em três meses – afirmou o Senador.

Segundo Lira, o Governo Michel Temer (PMDB) considera a transposição a obra mais importante do País, sobretudo porque atenderá uma região do Nordeste com 12 milhões de habitantes, nos estados da Paraíba, Pernambuco, Ceará e Rio Grande do Norte.

“O estado mais beneficiado, com aproximadamente 120 Municípios, é o meu querido Estado da Paraíba. Isso vai resolver uma grande questão emergencial, que é a situação hídrica de Campina Grande, a minha terra querida – ao lado de Cajazeiras – que tem hoje 460 mil habitantes, polariza uma região de aproximadamente 1 milhão e 200 mil habitantes e está numa situação difícil em relação ao abastecimento de água”, disse.

Raimundo Lira lembrou que a transposição é a única solução técnica para Campina Grande. “Não existe outra solução viável”, pois Campina Grande está incrustrada em um planalto de terreno cristalino e, portanto, a possibilidade e furar poços de grande profundidade é tecnicamente inviável”, destacou.

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