Sindicalistas reivindicam construção de cisternas e convivência com o semiárido

Os sindicatos dos trabalhadores rurais paraibanos têm importante papel a exercer no processo de construção de cisternas, no conjunto das implementações hídricas e nas diversas ações estruturadoras para o fortalecimento da agricultura familiar na dinâmica de mobilização para a convivência com o semiárido.

Essa afirmativa foi manifesta pelo presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Veirópoles, Sertão paraibano, Joaquim Nunes Gadelha, em uso da palavra durante o encontro dos sindicatos dos trabalhadores rurais cutistas, acontecido em Campina Grande, na última sexta-feira(10), e em entrevista concedida ao Stúdio Rural e transmitida no Programa Domingo Rural e Esperança no Campo da Rádio Queimadas FM e Rádio Serrana de Araruna do último sábado e domingo, dias 11 e 12 de abril, respectivamente. “Isso é uma realidade porque centralizam os recursos das cisternas e não é de agora, fica apenas junto a ASA e outras instituições em que eles centralizam o poder de organização e distribuição deles fora de nossa distância, um exemplo é Veirópoles que é uma cidadezinha do auto sertão no pé de uma serra, ou nós dependemos de Aparecida ou de Cajazeiras para que as cisternas e as ações possam chegar e na verdade pedidos foram feitos, mas nós não sabemos nem a quantidade de recursos que chegam para a construção dessas cisternas e de que forma essa distribuição é feita, daí a gente faz os pedidos dela, manda para a ASA como a gente mandou, já mandei para o MDA também e até agora nós não temos uma solução e nem sabemos pra onde devemos e ou a quem devemos cobrar. Então é preciso descentralizar isso, porque se o sindicato de Aparecida pode administrar os recursos para a construção de cisternas junto com a ASA e por que não o de Veirópoles? Qual a diferença? Nós vamos fazer os mesmos procedimentos e prestar contas do mesmo jeito. Agora nós não podemos é ficar dependendo apenas de duas instituições para coordenar no estado inteiro a distribuição dessas cisternas quando na verdade está longe de atender a realidade da nossa região, é isso que nós não aceitamos e vamos lutar para que realmente o governo possa ver isso, os representantes do governo vejam que essa centralização está prejudicando, em muito, a questão dos nossos agricultores que precisam da construção dessas cisternas”, argumenta Joaquim ao dialogar com nossa equipe via emissoras e advertir o conjunto das representações presentes no encontro.

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Cuité, Everaldo Andrade Costa, disse entender como possiblidade de tornar o trabalho eficiente e informou que na região de Cuité o trabalho está sendo feito pela ONG CEOP, de Picuí, conveniando um grande conjunto de municípios de toda aquela região do Curimataú. “Aqui nós fazemos nosso trabalho através da CEOP, são muitos municípios através de seus sindicatos, uma exceção é Baraúnas em que a gestora faz diálogo com agentes de saúde, associações dentre outras buscando fazer com que o trabalho não pare”, explica aquela liderança ao dialogar com Stúdio Rural e dizendo acreditar que, com a intervenção do sindicato no trabalho em cada município, muito mais famílias serão atendidas num menor espaço de tempo.

Paulo Medeiros Barreto é presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Barra de Santana, Cariri Oriental, participou do encontro e, ao dialogar com nossa equipe, disse acreditar que os sindicatos dos trabalhadores rurais já contam com excelente quando de componentes capacitados para trabalhar da questão previdenciária a todas as outras ações que digam respeito a melhor qualidade de vida dos agricultores e agricultoras na dinâmica da convivência com o semiárido e garante que naquela região nenhum sindicato está trabalhando a gestão de recursos dentro do processo de construção dessas implementações o que tem atrasado o processo de universalização dos recursos hídricos. “Aqui nessa região nós não temos sindicatos desenvolvendo a gestão desse trabalho e temos toda possiblidade de prestar um excelente trabalho”, justifica Barreto.

Stúdio Rural / Programa Domingo Rural

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