Centenas de famílias do Município de Sumé, bem como da região do Cariri Paraibano, estão tendo a garantia de acesso à moradia com dignidade e segurança, através do Projeto de Substituição de Casas de Taipa por Alvenaria, executado pelo Consórcio Intermunicipal de Saúde do Cariri Ocidental (Cisco) em convênio com a Funasa.
Serão construídas no total 526 casas de alvenaria divididas para os 15 municípios que compõem o Cisco. Foram construídas até o momento 283 unidades e muitas famílias já estão residindo nas casas de alvenaria.
Dona Cícera, do sítio Oiti em Sumé, acaba de ser contemplada com uma dessas casas após 20 anos residindo em uma de taipa e de ter perdido o marido vítima da doença de chagas.
Outro problema enfrentado pela família de dona Cícera quando residia na casa de taipa era nos períodos de chuva. “Quando chovia nós não tínhamos onde ficar, tinham muitas goteiras, os meninos adoeciam muito devido à terra”, contou.
Esse tipo de habitação tem paredes de barro sustentadas por estacas, não oferecem condições adequadas de moradia e ainda são uma ameaça à saúde, que podem servir de abrigo para o barbeiro, inseto causador da doença de chagas.
Hoje dona Cícera sente a diferença em morar em uma casa de alvenaria. “Praticamente minha casa agora é uma mansão, facilita tudo, a limpeza, você pode dormir tranquilo, não tem cobra, não tem rato, eu estou muito feliz, graças a Deus”, disse ela.
O senhor José Gouveia, também do sítio Oiti, também relata a experiência vivida por muitos anos na antiga moradia. ” A gente tinha que matar insetos, ficava dentro da terra, quando chovia as paredes caíam, depois tinha que ajeitar. Hoje eu estou satisfeito e muito feliz com a nova casa, mudou muita coisa”, disse.
O projeto de substituição de casas de taipa que está sendo executado pelo Cisco foi uma conquista alcançada pelo deputado federal Wellington Roberto e pelo presidente do Consórcio Francisco Duarte (doutor Neto), também prefeito de Sumé.
São quase R$ 20 milhões investidos e as prefeituras dos municípios beneficiados devem entrar com o valor de sua contrapartida no convênio. Cada prefeitura fez um cadastro social para identificar as famílias que ainda viviam neste tipo de moradia.
As casas de alvenaria que estão sendo construídas pelo consórcio são de quatro tipos, contendo sala, cozinha, banheiro e variando no número de quartos, que vai de um a três. O tamanho da residência depende do número de membros na família. É de responsabilidade de cada município demolir a casa de taipa e retirar o entulho, após a construção da casa de alvenaria.
Com a conclusão do projeto, outro levantamento será feito para identificar se ainda há famílias vivendo em casas de taipa e buscar mais recursos para erradicar de vez com esse tipo de moradia na região do Cariri.