O vice-presidente Michel Temer disse nesta quinta-feira (3), em São Paulo, que se a presidente Dilma Rousseff mantiver os atuais índices de popularidade será “difícil” resistir a mais três anos e meio de governo.
Ele fez a afirmação durante debate em São Paulo com o grupo Política Viva, organização que se autointitula suprapartidária e reúne empresários e estudiosos.
Segundo o vice-presidente, a taxa de popularidade é “mais ou menos cíclica”, mas, para melhorar, é necessária uma reação da economia, com o apoio dos políticos.
“Hoje, realmente o índice é muito baixo. Ninguém vai resistir três anos e meio com esse índice baixo. Muitas vezes, se a economia começar a melhorar, se a classe política colaborar, o índice acaba voltando ao patamar razoável. O que nós precisamos não é torcer, é trabalhar para que nós possamos estabilizar essas relações. Se continuar assim, eu vou dizer a você, para continuar 7%, 8% de popularidade, de fato fica difícil passar três anos e meio”, declarou.
Pesquisa Datafolha divulgada em 8 de agosto indicou que, na ocasião, 8% dos entrevistados aprovavam o governo e 71% reprovavam – 20% consideravam o governo “regular”.
Durante o debate com Temer, houve um momento de tensão quando questionou o vice-presidente usando a palavra “oportunista”.
“Jamais seria oportunista, percebe? Quero deixar isso muito claro para o senhor. Em momento nenhum eu agi de maneira oportunista. Eu vou dizer ao senhor: muitas e muitas vezes dizem assim: ‘O Temer quer assumir o lugar da presidente’. Eu não movo uma palha porque aí sim eu seria oportunista. Aí, eu violaria a minha história”, afirmou.