O deputado federal e coordenador da bancada paraibana no Congresso, Benjamin Maranhão (SD), defende que a prioridade dos parlamentares paraibanos junto ao governo de Michel Temer (PMDB) seja a questão hídrica. Segundo o deputado, obras como a transposição das águas do São Francisco e as Vertentes Litorâneas ganharão mais atenção junto aos novos ministros.
“Hoje são 170 municípios paraibanos em estado de emergência pela falda de água. Não podemos ter mais ações paliativas e vamos cobrar ações estruturantes desse novo governo, porque só assim vai se resolver o problema”, destacou o deputado.
Benjamin Maranhão disse ainda que nos próximos dias deve convocar a bancada para elaborar uma agenda de reuniões junto aos novos ministros do governo de Michel Temer. “Não podemos perder tempo. A Paraíba sofre com a seca e precisamos dessas obras, da conclusão da transposição do São Francisco e das Vertentes Litorâneas, para que a população tenha a dignidade de ter o maior bem em suas casas, a água”, disse.
Também conhecido como Canal Acauã-Araçagi, o Canal Adutor das Vertentes Litorâneas, quando concluído, beneficiará cerca de 600 mil pessoas na Paraíba. O empreendimento do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2) passará por 11 cidades e levará água para consumo humano, de uso industrial e para projetos de irrigação a 38 municípios da mesorregião da Borborema Paraibana. As obras foram iniciadas em 2012 ainda não foram concluídas.
Já as obras da transposição do Rio São Francisco começaram em 2007, com previsão de entrega para 2012. De acordo com Benjamin, o que se constatou foram sucessivos atrasos em virtude de uma gestão ineficaz do projeto, e até hoje, a obra não teve a sua efetiva finalização.
De acordo com o deputado paraibano, no final de 2015, durante a cerimônia de entrega da segunda Estação de Bombeamento (EBV-2) do Eixo Leste do Projeto de Integraçãodo Rio São Francisco, no município de Floresta, em Pernambuco, a Presidente da República ressaltou que a obra seria a maior prioridade de seu governo e garantiu concluí-la em 2016. Contudo, não foram implementadas as medidas necessárias para acelerar a sua conclusão.
“Precisamos de garantias desse novo governo de que essas obras serão concluídas o mais breve possível. Os paraibanos não podem esperar mais”, declarou Benjamin Maranhão.