Os professores Glauciane Danusa Coelho e Rafael Trindade Maia, do Centro de Desenvolvimento Sustentável do Semiárido da Universidade Federal de Campina Grande, integrantes do grupo de Biologia Computacional e Teórica da UFCG, depositaram no último dia 10 de outubro, um registro de patente reivindicando uma composição farmacêutica a partir de substâncias ativas presentes no gengibre.
Também participam da pesquisa os professores Franklin Ferreira de Farias Nóbrega (UFCG/CDSA), Bruno Medeiros Roldão de Araújo (UFCG/CDSA), Juan Carlos Ramos Gonçalves (UFPB) e o doutor Arabinda Gosh (Universidade de Gauthi, India).
Através de ferramentas da bioinformática os pesquisadores encontraram evidências de que certas substâncias presentes no gengibre possam inibir uma proteína de replicação viral (NSP9) do novo coronavírus, e, portanto podem apresentar atividade virucida e/ou virustática (capacidade de exterminar vírus) contra o Sars-CoV-2. “A professora Glauciane teve uma brilhante ideia em fazer uma triagem destes compostos testá-los por experimentos in silico”, ressalta Rafael Trindade Maia, líder do grupo de pesquisas.
De acordo com os pesquisadores, os resultados, apesar de promissores, requerem mais testes, sobretudo ensaios laboratoriais e clínicos, que serão as próximas etapas da pesquisa.
“O grupo de pesquisas Biologia Computacional e Teórica agradece ao Núcleo de Inovação e Transferência de Tecnologia (NITT) e ao Observatório de Inteligência Tecnológica (OBITEC) da UFCG pelo apoio no registro do pedido de patente”.