Após o escândalo do desvio de verbas públicas destinadas ao Hospital Padre Zé, o Tribunal de Contas do Estado da Paraíba (TCE-PB) vai passar a exigir das instituições filantrópicas do estado que prestem contas, justificando as despesas e receitas que envolvam recursos públicos.
A informação foi revelada pelo conselheiro Nominando Diniz, presidente do TCE-PB. Ele afirmou ter tratado sobre o assunto em uma reunião com o padre George Batista, atual presidente do Hospital Padre Zé, realizada na sede do Tribunal nesta segunda-feira (20).
Segundo o conselheiro, o Tribunal vai apoiar a implantação de um sistema – que posteriormente será exigido para todas as instituições que recebem dinheiro público – no qual se demonstre as receitas, despesas, quem recebeu a despesa e o saldo restante. Ele afirmou que, desta forma, situações como o escândalo do Padre Zé poderiam ser evitadas.
Sobre os desvios no Padre Zé
A investigação realizada pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público da Paraíba (MPPB), aponta que o montante de recursos públicos destinados ao Hospital Padre Zé e que foi desviado chega a R$ 140 milhões.
Os desvios teriam sido feitos através do Instituto São José, responsável pelo Hospital Padre Zé, e da Ação Social Arquidiocesana, e ocorreram entre 2013 e setembro deste ano.