(Serra Branca-PB) – Manoelito Dantas, da icônica Fazenda Carnaúba, já dizia. Não há como combater um clima. No caso do Cariri paraibano, a luta em vão seria contra o semiárido.
Ao contrário, é necessário se adaptar e tirar proveito dele, conclamava o primo de Ariano Suassuna, filho ilustre de Taperoá.
O caririzeiro parece ter entendido a mensagem. A região, que compreende 29 municípios e cerca de 160 mil habitantes, vem se organizando e transformando adversidade em oportunidade.
Faz isso pelo conhecimento, com suas universidades e escolas técnicas, no crescente turismo rural e de aventura, com suas trilhas e paisagens tão singulares quanto exóticas. E na resiliência da sua caprinocultura esustança da sua bacia leiteira.
E também em projetos ousados, como a do fábrica de leite de cabra em pó, em fase de implantação pelo Governo do Estado, e a atração de empresa-usina usina de energia a partir da transformação do lixo.
O cariri ainda tem muitos desafios. Mas se toda caminhada começa no primeiro passo, como diz o poeta consagrado na canção de Flávio José, muitos já foram dados por aqui. E o caririzeiro não é de ficar no meio da estrada.
Desafio por aqui se aceita e se vence até com rima e improviso dos cantadores. Dos homens e mulheres que dedilham suas dores em versos e cantam seus amores no assobio da brisa noturna.