A vazão da água da transposição do Rio São Francisco no Rio Paraíba deve duplicar a partir deste domingo (26), segundo informou a assessoria de comunicação do Ministério da Integração Nacional. De acordo com o órgão, a vazão atual de 2 m³/s deve subir para 4,5 m³/s após o enchimento dos reservatórios de Campos e Barro Branco, nas cidades de Sertânia e Custódia, respectivamente, em Pernambuco.
De acordo com informações repassadas ao CL, a sexta estação de bombeamento do Eixo Leste da transposição é composta de duas motobombas, mas apenas uma delas está operando, em fase de testes. Cada bomba tem capacidade para liberar uma vazão de 4,5 m³/s, o equivalente ao volume necessário para atender a uma população de cerca de 2 milhões de pessoas e suficiente para que a água do Rio São Francisco chegue ao Açude de Boqueirão.
O Ministério da Integração Nacional esclarece, ainda, que a liberação da vazão completa da motobomba em operação só pode ser feita após o processo de enchimento dos reservatórios pernambucanos, que ficam após a estação.
A expectativa é de que seja entregue 9m³/s de água no prazo de 15 dias quando os dois conjuntos de motobombas estiverem funcionando simultaneamente.
O Ministério da Integração Nacional não informou sobre a previsão de quando a outra motobomba deve começar a funcionar nem estipulou um prazo para que a água da transposição chegue ao Açude Epitácio Pessoa, em Boqueirão.
Caminho das águas
No eixo leste da transposição, a água do Rio São Francisco é captada na cidade Petrolândia, em Pernambuco, e segue até a cidade de Monteiro, na Paraíba, passando por canais, aquedutos, 12 reservatórios e um túnel. Depois que a água chega a Monteiro, ela segue pelo Rio Paraíba e vai para os açudes de São José I e açude Poções, ainda em Monteiro.
Em seguida, a água vai para o açude de Camalaú e depois segue para Boqueirão, açude de Acauã, e, por fim, para um perímetro irrigado na região do município de Sapé.