O verão 2019/20 começou mo dia 21 dezembro e o ponto positivo para o clima na Paraíba é que não terá influência do fenômeno El Niño, tampouco do La Niña nos dois primeiros trimestres do ano novo.
Esses fenômenos são padrões climáticos naturais que resultam de interações entre o oceano e a atmosfera. Ambos envolvem anomalias das temperaturas da superfície do oceano e da circulação atmosférica. Enquanto o El Niño consiste no aquecimento anormal do Oceano Pacífico Equatorial, a La Niña é o inverso, provocando o resfriamento do Pacífico Equatorial.
O El Niño em secas de diversas intensidades nas áreas centrais e norte da região Nordeste, enquanto o La Niña causa chuvas acima da média na região, justificando enchentes no litoral nordestino.
De acordo com a meteorologista da Agência Executiva de Gestão das Águas (Aesa), Marle Bandeira, este verão terá clima, temperaturas e precipitações dentro da média histórica do estado.
“Teremos médias dentro da normalidade histórica. Será um verão com temperaturas normais e quanto às chuvas, podem ocorrer com maior incidência e acima da média no litoral do estado; nas demais regiões paraibanas com precipitação já esperada para a época. A previsão é de pancadas isoladas em várias regiões do estado, como sempre acontece no mês de janeiro”, frisou a meteorologista.
No mês de janeiro e início de fevereiro, é normal ocorrer maior variabilidade das chuvas, com pancadas isoladas e prováveis eventos significativos devido aos tipos de sistemas meteorológicos atuantes, principalmente pela atuação de Vórtices Ciclônicos de Altos Níveis (VCAN) sobre o Nordeste do Brasil.
O Oceano Atlântico também vai ter seu papel fundamental em como o clima deste verão irá se comportar. Neste verão, a situação da temperatura da água do Atlântico Sul vai fazer com que as frentes frias se desloquem mais lentamente pela costa do Sul e do Sudeste ajudando a aumentar o potencial de chuva sobre o continente. A Zona de Convergência Intertropical (ZICT) é um dos principais fenômenos meteorológicos que atuam no verão da América do Sul e é responsável pela maior parte da chuva da estação em grande porções das Regiões Nordeste e Norte do Brasil.
A Aesa divulga boletins com previsões do tempo a cada 24 horas e monitora a ocasionalidade de chuvas e a oscilação da temperatura na região.