A Câmara de Vereadores de Monteiro, com o respaldo de todos os seus componentes, ingressou na manhã desta quinta-feira com uma representação junto ao Ministério Público Estadual e Federal, com o objetivo de proibir os plantios de hortifrutigranjeiros às margens do açude público de Poções.
Na tarde da última terça-feira, 19, o presidente da Câmara de Vereadores de Monteiro, vereador Bero de Bertino e o vice-prefeito Cajó Menezes, estiveram visitando o açude e constataram que o manancial já recebeu um considerável volume de água nestes últimos dias, mas, também testemunharam que muitos plantios de tomates e pimentões já começam a surgir no local.
Desde o ano passado a Prefeitura de Monteiro e a própria Câmara de Vereadores vem advertindo as autoridades sobre estes plantios, mas, não foram adotadas quaisquer providências, e por isso mesmo o município passa por um colapso no abastecimento.
Os plantios são irrigados durante todo o ano com água do manancial de Poções, que deveria ser utilizado, prioritariamente, para o abastecimento da população de Monteiro, mas, os terrenos que margeiam o açude foram arrendados para pessoas do vizinho Estado de Pernambuco, que fazem plantios, inclusive de capim para servir de alimentação para seus animais ou para comercializar com criadores da região.
Além de utilizarem a água do manancial, que teria como prioridade abastecer a população de Monteiro, os responsáveis por estes plantios ainda utilizam agrotóxicos, o que coloca em risco a saúde pública dos consumidores.
No comunicado protocolado no Ministério Público Estadual e Ministério Público Federal, assinado por todos os vereadores que compõem o Poder Legislativo de Monteiro, é relatado que: “além de utilizarem a pouca água existente, tais plantios e irrigações, feita de forma exagerada, desordenada e sem qualquer fiscalização, ainda são responsáveis pela contaminação da pouca água desse manancial com pesados agrotóxicos”.
Ao finalizarem o comunicado, os vereadores solicitam providências urgentes no sentido de determinar a imediata paralisação de toda e qualquer atividade de plantios e irrigação nas margens do açude de Poções, localizado na zona rural de Monteiro.