Volume de açude de Poções sobe 337% uma semana após receber transposição

Uma semana após a chegada das águas da transposição do Rio São Francisco à cidade de Monteiro, no Cariri paraibano, o açude Poções, principal reservatório da cidade, já aumentou o volume em mais de quatro vezes. Antes da água chegar, o reservatório estava com um volume de 0,8%. Já nesta quinta-feira (16), o volume aumentou 337%, para 3,5%, segundo a Agência Executiva de Gestão das Águas da Paraíba (Aesa).

Conforme os dados da Aesa, o volume que era de cerca de 182.000 m³ já passou para 1.037.352 de m³. Depois que a água do Rio São Francisco chega a cidade de Monteiro, através de um túnel da transposição, deságua no Rio Paraíba, passa pelo pequeno açude São José e depois segue para o açude Poções, que abastece a cidade. Atualmente, a população só tem água encanada, uma vez pode semana.

Segundo o presidente da Aesa, João Fernandes, o açude já deveria está com um volume maior, pois, devido uma manutenção em um das bombas na última estação elevatória do eixo leste da transposição, a vazão que chega a Paraíba ainda é reduzida. Ele disse que o problema deve ser revolvido até a próxima semana.

“Atualmente o açude São José está liberando 1.350 litros por segundo para o açude Poções. Já no açude de Poções, nós abrimos uma comporta que está liberando uma vazão de 250 litros por segundo. É pouco, mas a intenção é já ir molhando o leito do rio Paraíba. Quando a vazão da transposição for normalizada e a água começar a passar pelo açude de Poções, ela vai ecoar mais rápido para os açudes de Camalaú e Boqueirão”, disse João Fernandes.

Apesar da chegada das águas do Rio São Francisco já estarem chegando à Paraíba, o presidente da Aesa disse que não sabe precisar se o açude Epitácio Pessoa, conhecido como açude de Boqueirão, vai receber primeiro a água do “Velho Chico”, ou a água das chuvas, pois a região tem registrado bons percentuais nos últimos dias.

“Com a forte seca a esperança já era com a água do Rio São Francisco, mas as chuvas estão começando a chegar ao Cariri do estado e se continuar assim, talvez a água da chuva chegue ao açude de Boqueirão, antes mesmo da transposição. Seja como for, o que queremos e ver esses açudes encherem para que a população saia logo dessa crise”, destacou o presidente da Aesa. (G1).

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