Serra Branca o governo do não

Por Zizo Mamede

O governo Dudu Torreão/JodaZuza é o governo do NÃO. Bem entendido, se o assunto são as políticas públicas, que beneficiem todas as pessoas, ou a maioria das pessoas, ou, de maneira equânime algumas minorias que merecem e tem direito a atenções especiais.

1. O governo municipal diz NÃO à Saúde. O exemplo mais recente do desprezo da prefeitura de Serra Branca para com a população do município envolve o programa do governo federal para implantes de dentes. O prefeito Dudu Torreão e o secretário de Saúde, Marcelo Jackson simplesmente ignoraram a programação do Ministério da Saúde em convênio com o CISCO. – Ainda bem que o Consórcio de Saúde do Cariri está viabilizando o atendimento à população de Serra Branca.

O governo Dudu/Joda disse NÃO ao programa Mais Médicos do governo federal, que custeia profissionais de medicina até de países estrangeiros, contratados para trabalhar no Programa Saúde da Família (PSF). O prefeito e o secretário de Saúde preferem deixar a população sem o regular atendimento médico e reservar as vagas do PSF para médicos que não tem afinidade com o programa, atendem mal porque atendem às pressas, quando não faltam aos plantões.

O governo de Serra Branca diz NÃO quando o assunto é o hospital do município. É do conhecimento público o desleixo do prefeito e do secretário de Saúde com o hospital. Paredes e teto caindo o emboço (reboco). Janelas quebradas. Sanitários e banheiros imundos. Camas sem colchões e colchões sem forros. Falta recorrente de, pasmem, oxigênio. Sem falar da falta corriqueira de médicos plantonistas, de medicamentos e exames. Todo este desmantelo, apesar do governo federal mandar regularmente o dinheiro do hospital e do governo da Paraíba ter feito convênios inéditos para reforma do hospital e manutenção de custeio.

2. O governo municipal diz NÃO à Educação. O maior efeito da falta de compromisso do prefeito com a Educação é o desempenho das escolas municipais no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). As notas das escolas variam entre 3,5 e 4,5 numa escala que vai de zero a 10.

O mais recente exemplo do descaso do governo de Serra Branca com a Educação é a obra abandonada da Escola do Próinfância (a creche) do bairro dos Pereiros. Apesar de todo o dinheiro ter sido repassado pelo MEC para a prefeitura há cerca de dois anos, a obra nunca foi concluída e aproximadamente 200 crianças NÃO tem uma escola com estrutura digna.

Outra demonstração de desprezo com a Educação escolar dos serrabranquenses é a forma como a prefeitura trata do transporte escolar para os estudantes universitários. A prefeitura exige que os universitários paguem 50 % (cinquenta por cento) das despesas com o transporte, mesmo após ter sido liberado o uso dos ônibus doados pelos governos do Brasil e da Paraíba também para o transporte de quem cursa universidades. É grande a humilhação imposta àqueles estudantes que não têm como pagar o boleto.

3. A prefeitura diz NÃO às obras. Serra Branca é conhecida como a cidade das obras inacabadas ou abandonadas. As obras de calçamento dos Pereiros está inacabada. As do calçamento do Ahu e do Odonzão foram abandonadas e há uma grave acusação de corrupção no processo de licitação. Em Santa Luzia do Cariri e em Sucuru, nem projetos de obras existem e o desrespeito é total.

A Obra da UPA, com 100% do dinheiro tendo sido depositado pelo Ministério da Saúde, está abandonada e o prefeito se justifica alegando que não tem dinheiro para comprar equipamentos. Da mesma forma está abandonada a reforma do posto do PSF do Batalhão. Como foram abandonadas as 172 cisternas e os 6 sistemas de abastecimento de água financiados com verbas federais da FUNASA. Também está inacabada e abandonada a obra da primeira etapa da rede de esgotamento sanitário, inclusive a bacia de tratamento final.

A obra do aterro sanitário, que deveria dar tratamento adequado ao lixo, está abandonada porque o prefeito de Serra Branca prefere priorizar a vontade de um dono de chácara, que não quer a obra em sua vizinhança, do que atender a toda a população de Serra Branca e adotar uma política de respeito ao meio ambiente. Também foram abandonadas as construções de 200 casas populares, 25 barragens subterrâneas e cozinha comunitária do Ahu.

4. A prefeitura de Serra Branca diz NÃO à criação de empregos. Por todas as obras abandonadas se esvaem centenas de postos de trabalho que deveriam estar sendo ocupados por trabalhadores e trabalhadoras. A construção civil é, no mundo todo, um dos principais meios para a criação de empregos e geração de renda, porque reflete sobre vários setores da economia. Mas, trabalhar mesmo, não é o forte da turma de Dudu e Joda.

A prefeitura diz NÃO à agricultura familiar, porque não faz, com as máquinas e caminhões doados pelo governo federal, as obras que a pequenos agricultores precisam. Pelo contrário, as máquinas são frequentemente usadas em benefício de construtores particulares e por pessoas do próprio governo municipal, em prejuízo da população da zona rural.

Em tempo: O feitiço há de virar contra o feiticeiro: Haverá de chegar tempo de dizer um NÃO bem redondo, bem robusto, bem completo à turma de Dudu e Joda e à política deles.

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